quarta-feira, 21 de outubro de 2009


Pensei que só mais um segundoDeste interminável sonoPoderia me levar ao tronoDe algum outro mundo
Finjo que não tenho muitoQue sempre me falta algoReclamo sem ar, aflito!Mas não sou melhor que um atorDançando sobre o palcoQue é esta mesa de plástico;Meu personagem é de escritorDesenho letras à pulso fracoQue até parecem caríciasSobre páginas submissasQue jamais recusamO que lhes é dado…
Que tolice!Como se eu não visseTodos os diasO Sol brilhar;Como se não houvessemAs músicas e melodias..Como se não soubesseQue é neste deserto feito quartoOnde eu vou acordarPor mais–Que estas fantasiasTentem me deslocar…
Ainda assim, escrevo à vontadeNa esperança de que o escritoFaça-me lembrar de cada mitoQue um dia a imaginaçãoFez parecer realidade
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